O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou a roda de conversa “Adoção - Quebrando Preconceitos”, com o objetivo de incentivar a adoção de perfis diversos. O evento ocorreu na EJURR em formato híbrido, e foi transmitido ao vivo pelo canal do Tribunal no YouTube.
O evento faz parte do projeto “Ouvidoria para Pessoas com Deficiência” e foi realizado pela a Ouvidoria Geral de Justiça, 1ª Vara da Infância e Juventude, e a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (Cpai).
A desembargadora Tânia Vasconcelos é presidente da Cpai, e destacou a importância do amor ao processo na adoção.
“A adoção é um ato de amor de quem consegue amar indistintamente o feio, o belo, o preto, o branco, o grande, o pequeno e as pessoas com necessidades especiais. A ideia desse trabalho aqui é apresentar essas situações para discussão e tentar buscar o denominador comum para que a gente motive as pessoas a virem fazer parte desse processo de resgate e de amor para com o outro.”
O juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude, Parima Dias Veras, destacou que o evento foi fundamental para esclarecer dúvidas sobre adoção.
“Eu creio que ele foi importante para esclarecer muitas dúvidas. E tiramos essa conclusão em razão das perguntas que foram feitas, são perguntas que vão aproveitar a sociedade inteira. A Ouvidoria foi muito feliz em organizar esse evento e convidar as pessoas para participar da batalha, a Vera, a Ana Luiza do Setor Interprofissional da Infância, pessoas preparadas para esclarecer as pessoas quanto a dúvidas sobre a adoção de crianças e adolescentes.”
A servidora Ana Luiza Brito, da 1ª Vara da Infância e Juventude, explicou um pouco os passos do processo de habilitação para adoção.
“Há uma série de etapas, incluindo documentação, estudo psicossocial e um curso preparatório de 16 horas. O próximo curso está marcado para os dias 4, 5 e 6 de dezembro”.
Vera Lúcia Sábio, servidora do TJRR, cria uma filha adotada. Durante a roda de conversa, ela relatou a experiência dela na adoção.
“Ela tinha quatro anos, pesava 12 quilos, media 80 centímetros, tinha 31 dedos, umas deformidades na boca, muitas limitações. Mas meu marido não se preocupou com nada disso, ele quis mesmo que a gente adotasse. A adoção é um ato de amor, mãe é quem adota. Qualquer pessoa pode gerar, mas é o cuidado, o afeto que fazem a criança sobreviver e se desenvolver”.
Texto: Maurício Fernandes / Estagiário de Jornalismo
Imagem: Beatriz Evangelista
Nucri/TJRR - novembro/2024