Durante a 25.ª edição do evento Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário, ganhou destaque o projeto Guichê Virtual, iniciativa que alia inovação e eficiência no atendimento à população e foi apresentado pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).
O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como objetivo divulgar práticas bem-sucedidas já publicadas no Portal CNJ de Boas Práticas, permitindo que seus idealizadores detalhem resultados e tirem dúvidas em ambiente virtual.
Implantado em 2022, o Guichê Virtual utiliza recursos tecnológicos para mediar conflitos de forma célere, prática e totalmente remota, evitando a judicialização de demandas que podem ser resolvidas em minutos.
Segundo o juiz Air Marin, idealizador da iniciativa e, à época, coordenador dos Juizados Especiais, a proposta foi inspirada em uma experiência observada no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS).
“A nossa proposta foi otimizar os custos operacionais e aproveitar os recursos tecnológicos para criar um modelo 100% remoto. Isso permite que, em muitos casos, o problema seja resolvido com um simples diálogo, sem a necessidade de judicialização. Tivemos uma situação em que o conflito foi solucionado em apenas 10 minutos”, ressaltou o magistrado.
O funcionamento é simples: ao ingressar com uma demanda no setor de atermação dos juizados, o cidadão é encaminhado para uma videoconferência com representantes da empresa envolvida, como a Roraima Energia ou a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr). A partir desse contato direto, são firmados acordos formais que, em caso de descumprimento, podem ser utilizados posteriormente em ação judicial.
O procurador-geral da Caerr, Henrique Maravalha, destacou a relevância da parceria:
“O Tribunal possibilita não só julgar, mas também atuar em iniciativas como essa, que funcionam como uma ponte entre o cidadão e as empresas. Muitas vezes, um problema que não foi resolvido no primeiro contato encontra solução no Guichê Virtual. Os números apresentados pelo TJRR mostram que a maioria dos atendimentos é solucionada de forma rápida e eficaz, garantindo a paz social. Estamos felizes em colaborar com esse trabalho.”
Já a diretora de Relações Institucionais da Roraima Energia, Sarassele Chaves Ribeiro Freire, reforçou que a iniciativa fortalece a aproximação entre população, empresas e Judiciário:
“Nossa missão é atender bem e com rapidez, e essa iniciativa permite exatamente isso. Todos ganham: o Judiciário evita novos processos, a empresa resolve demandas de forma célere e o consumidor tem sua necessidade atendida. É uma prática inovadora, que reafirma o compromisso com eficiência e celeridade.”
A matéria possui duas fotos. A seguir a descrição na ordem de publicação:
Foto 1: Imagem colorida mostra o juiz Air Marin sentado à mesa, com as mãos cruzadas e olhando para a tela à sua frente. Um televisor à sua esquerda exibe um slide com o título "A identificação do problema". A sala de reuniões é clara, com iluminação de teto, painéis acústicos na parede e microfones sobre a mesa.
Foto 2: Imagem colorida de uma sala de reunião com paredes claras e teto branco. Pessoas estão sentadas em torno de uma mesa com computadores. Em primeiro plano, um homem de terno azul está sentado, e outro homem, de camisa cinza, olha para um monitor. Ao fundo, uma tela maior em um pedestal exibe uma videoconferência.
Texto: NUCRI/TJRR
Fotos: NUCRI/TJRR
SETEMBRO/2025 - NUCRI/TJRR