“O diálogo, sem dúvidas, plantou diversas sementes”, disse o presidente da Comissão de Gestão Socioambiental, que sugeriu a realização do encontro uma vez ao ano.
A Comissão de Gestão Socioambiental do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou, nessa quarta-feira (9), dentro da programação da 5ª Semana do Meio Ambiente, o Encontro de Boas Práticas entre Tribunais do Bioma Amazônico, do qual participaram, de maneira remota, todas as Cortes de Justiça da região norte do país, com ênfase nas ações voltadas para o cumprimento da Meta 12 do Conselho Nacional de Justiça.
Para o juiz Nildo Inácio, que preside a Comissão de Gestão Socioambiental, o encontro foi extremamente rico. “O diálogo promoveu a composição de um grande acervo de ações ambientais possíveis. Algumas iniciativas, que acreditávamos que fossem difíceis de implementar, como a eliminação do copo descartável para o público externo, já foram feitas por alguns Tribunais”, revelou ele.
O magistrado destacou ainda o bom exemplo do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), que apresentou projetos que sensibilizam servidores, magistrados e jurisdicionados sobre sustentabilidade, além de serem reconhecidos nacionalmente, como o Bosque da Justiça, a Horta Compartilhada e a Biblioteca Compartilhada.
Ao fim do encontro, a coordenadora da Comissão de Gestão Socioambiental do TJRR, Ivy Marques, apresentou ao demais Tribunais a principal política de sustentabilidade do Judiciário Roraimense, atualmente, que é a substituição da matriz energética tradicional pela solar, e falou sobre o Plano de Logística Sustentável (PLS).
“O PLS é um instrumento vinculado ao Planejamento Estratégico do Poder Judiciário do Estado de Roraima, com objetivos e responsabilidades definidas. Ele deve apresentar ações, metas, prazos de execução, mecanismos de monitoramento, avaliações de resultados e revisões que permitam acompanhar as atividades socioambientais aqui desenvolvidas”, explicou ela.
A servidora também expos algumas práticas exitosas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente de materiais, serviços, energia, água e combustíveis, englobando a capacitação e a qualidade de vida do servidor, além do descarte adequado dos resíduos.
“Acredito que todos ganhamos ao compartilharmos boas práticas. Eu e Ivy tínhamos algumas propostas mas durante o encontro choveram ideias, todas muito boas”, disse o juiz Nildo Inácio, que sugeriu a realização do encontro uma vez ao ano.
A Meta 12/CNJ consiste em identificar e impulsionar 25% dos processos relacionados às ações ambientais distribuídos até 31/12/2020.
Nessa conjuntura, importante destacar o papel do Tribunal de Justiça nos últimos anos como órgão integrador das práticas socioambientais perante as demais instituições no estado de Roraima.