Criado em 2006, o conteúdo é voltado para auxiliar na mediação e gerenciamento de crises no ambiente escolar.
Fotos: Nucri TJRR
O evento ocorreu de forma online e transmitido pela Escola do Poder Judiciário de Roraima
Há quinze anos o programa Justiça Comunitária vem realizando trabalhos dentro das escolas do estado com o objetivo de contribuir para a democratização do acesso à Justiça, por meio de métodos alternativos de solução de conflitos. E em alusão ao trabalho, foi realizada uma palestra online com o tema “Restaurativa: uma justiça para antes e mais além dos conflitos”.
O presidente do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), desembargador Cristóvão Suter, participou do evento e ressaltou o quanto é fundamental celebrar os 15 anos da Justiça Comunitária.
"Quando se percebe que os profissionais encontram-se engajados e efetivamente se identificam com a atividade que exercem, quando demonstram um entusiasmo que nos encanta e nos inspira, é um sinal de que as atividades são desenvolvidas com excelência”, destacou o presidente.
O diretor em exercício da Escola do Poder Judiciário (Ejurr), desembargador Almiro Padilha, disse que o tempo mostrou como o programa tem evoluído em todos esses anos.
“O tempo tem mostrado os resultados, isso é esforço de cada um de vocês que se dedicam, que estudam. Fomos colhendo os frutos lentamente sem pressa e vamos evoluindo”, pontuou.
A secretária de Estado da Educação, Leila Soares de Souza, aproveitou a oportunidade para reafirmar a parceria e o compromisso.
“Nossas escolas estão abertas, esse é o caminho para o fortalecimento da educação, e principalmente da garantia dos direitos constitucionais, podendo chegar na ponta, nas escolas que é um espaço formativo, pois além do conhecimento é preciso buscar fortalecer laços de respeito e de diálogo na resolução dos problemas”, analisou a secretária, ao relembrar que o programa está presente hoje nas 57 escolas estaduais.
O desembargador Leoberto Narciso Brancher, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), foi o palestrante do evento e durante a oportunidade, relembrou que a proposta da Justiça Comunitária é criar ambientes favoráveis para a resolução de conflitos de uma forma não violenta.
“A Justiça como poder da comunidade é a descoberta da capacidade da comunidade em construir consensos, de resolver seus problemas a partir de um poder que sempre foi seu”.
Durante a palestra, a juíza e presidente da Justiça Comunitária, Graciete Sotto Mayor, dedicou agradecimento aos desembargadores Mauro Campello e Mozarildo Cavalcanti que instituíram e coordenaram a Justiça Comunitária nos primeiros anos da implementação da política de justiça restaurativa em Roraima, além dos servidores que dão seguimento aos trabalhos prestados pelo programa no Estado.
“Ingressei no projeto, para atuar na capacitação dos facilitadores a época. Confesso que com o tempo me apaixonei pelo tema. Hoje é um momento de festa”, comemorou.
A palestra ocorreu nessa segunda-feira, dia 07 de junho, totalmente online, gratuita e aberta a comunidade. A transmissão ocorreu por meio do canal da Escola do Poder Judiciário de Roraima (Ejurr) na plataforma YouTube.
JUSTIÇA COMUNITÁRIA - Criado em 2006 o programa Justiça Comunitária é fruto de uma parceria entre o Poder Judiciário e o Governo do Estado de Roraima, por meio da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed). Ele auxilia na mediação e gerenciamento de crises no ambiente escolar com o intuito de reduzir a violência, os casos de bullying, os conflitos familiares e as tentativas de suicídio.