Ao todo, em 2019, 57 escolas de Boa Vista receberam o trabalho do programa do TJRR
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As equipes do programa do TJRR, o Justiça Comunitária, desenvolvem ações voltadas para a resolução de conflitos dentro e fora das salas de aulas, visando melhorar e contribuir com a formação de crianças e adolescentes
Depois de realizar mais de 40 palestras e visitar 57 escolas da Capital no ano de 2019, incluindo públicas e particulares, o programa Justiça Comunitária do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) deverá estender as ações para os municípios do Interior do estado. A previsão é que essas atividades passem a ser realizadas a partir do segundo semestre.
Em Boa Vista, as palestras já devem iniciar assim que o ano letivo retornar nas escolas, com data prevista para o dia 30 de janeiro. O trabalho é executado em parceria com Departamento de Desenvolvimento de Políticas Educacionais da Seed (Secretaria de Estado de Educação e Desporto).
Segundo a psicóloga e coordenadora do programa, Marcelle Grécia, o objetivo do Justiça Comunitária é mediar possíveis conflitos que ocorrem nas escolas e no entorno para evitar que se tornem processos judiciais.
Ela explicou que as situações variam de escola para escola. Dentre as mais comuns estão os conflitos entre professores e alunos, mas atualmente a negligência familiar seria uma das principais causas dos problemas.
“Tenho observado que há um ‘adoecimento’ da família atual. Os jovens têm sofrido com a negligência familiar, com a falta de atenção e carinho. Buscamos trabalhar sobre a valorização da vida como prevenção, acredito que seja um passo importante para o momento. Existe um índice preocupante de alunos que se automutilam nas escolas”, comentou a profissional.
Ela destaca a educação como objeto transformador. “A educação é uma resposta inteligente para a mudança de comportamento, e nos conhecermos é o maior dos passos”, observou, ao destacar que dentre os planos dentro da coordenação estão as mediações para a Educação Sistêmica, mais conhecida como Constelações Familiares, um tipo de abordagem que já vem ganhando espaço no Brasil. Além disso, a intenção é unir Capital e Interior, com encontros bimestrais com temáticas dentro das propostas estabelecidas pelo projeto.
A equipe do Justiça Comunitária é composta por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e voluntários do quadro efetivo estadual. Além do trabalho diretamente nas escolas, o programa conta uma sala de atendimento na sede administrativa do Tribunal de Justiça, edifício Luiz Rosalvo Indrusiak Fin, localizado na avenida Capitão Ene Garcez, número 1.696, bairro São Francisco. A unidade fica na sala 314, no terceiro andar. Outras informações podem ser obtidas ligando para o telefone: (95) 3198-4100.