Os temas são discutidos em aulas, em que alunos são incentivados a expressar opiniões, por meio de redações e cartazes interativos
Foto: Antonio Diniz
Durante o ano de 2019 o programa Maria vai à Escola esteve 25 instituições de ensino da Capital, levando esse atendimento a 3.123 alunos
Com o objetivo de colaborar com a educação na primeira infância, inserindo no currículo escolar discussões de temas relacionados aos direitos humanos, igualdade de gênero, etnia, combatendo ao mesmo tempo os altos índices de violência doméstica registrados no país, a Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar, do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima), desenvolve em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, programa Maria vai à Escola. As atividades atendem alunos de escolas públicas municipais que cursam o 5° ano do Ensino Fundamental. Durante o ano de 2019 o programa Maria vai à Escola esteve 25 instituições de ensino da Capital, levando esse atendimento a 3.123 alunos.
Dividido em oito aulas dentro da grade escolar, o programa busca sistematizar o conhecimento sobre essas questões. Segundo a pedagoga da Coordenadoria, Aurilene Mesquita, o Maria vai à Escola é um programa preventivo e educativo que busca ensinar as crianças a respeitarem desde pequenas as mulheres, buscando a igualdade de gênero. Durante as aulas, os alunos são incentivados a expressar opiniões, por meio de elaboração de redações e confecção de cartazes.
“O Maria Vai à Escola é realizada desde 2015 em parceria com a Prefeitura de Boa Vista. São professoras que executam o projeto nas escolas com o objetivo de levar as informações sobre os direitos humanos, cidadania e a lei Maria da Penha. Em 2018 recebeu a premiação de boas práticas no enfrentamento da violência contra a mulher, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública”, destacou a pedagoga.
Para o titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar, juiz Jaime Plá, o programa permite maior aproximação do Poder Judiciário com as crianças e a sociedade.
“Já atendeu mais de 3.000 crianças da rede pública e os novos desafios dizem respeito a interiorização desse programa, levando-o às comunidades do Interior do estado”, comentou.
Para a professora, Antônia Maria, participante do programa, o Maria vai à Escola é um importante trabalho preventivo que auxiliar a evitar que as crianças não se tornem possíveis vítimas ou futuras agressoras na fase adulta.
“Esse trabalho é de suma importância pela relevância dos temas abordados, tendo em vista que algumas crianças já sofreram ou presenciaram algum episódio de violência em casa ou no meio familiar e, por meio dos conhecimentos obtidos o projeto, podem vir a relatar esses episódios, evitando problemas futuros”, observou.
As atividades do programa Maria Vai a Escola estão previstas para retorno em fevereiro de 2020. Outras informações sobre como funciona e como é possível inserir a escola no cronograma de atividades, gestores, professores e até os pais podem buscar informações na Coordenadoria de Violência Doméstica por meio do telefone 095 3194-2649.