Uma aula prática com simulação em conciliação foi promovida para os alunos
Fotos: Saymon Figueiredo e Shiromir Eda
Turma do curso de Direito da Cathedral participou das atividades no ambiente real de trabalho
Para disseminar a prática da conciliação, o Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) abriu as portas para os alunos do 10º semestre do curso de Direito das Faculdades Cathedral – eles fazem parte da 3º turma da disciplina de Mediação e Conciliação da instituição.
Segundo o assessor jurídico do TJRR, Shiromir Eda, que também é professor da disciplina na faculdade, essa iniciativa visa estimular os futuros operadores do Direito a promoverem a conciliação, e tem apoio no fato de que a Cathedral cumpriu de imediato a portaria do MEC (Ministério da Educação), incluindo a disciplina de Conciliação, Mediação e Arbitragem na grade curricular.
Para ele, a inclusão da disciplina é um avanço. “É um salto na formação de novos profissionais da área jurídica, com preparo para, não somente litigar [disputar judicialmente], mas pacificar conflitos, auxiliando as partes a resolverem questões de forma satisfatória e definitiva. Os alunos saem da faculdade conhecendo os benefícios da autocomposição e da pacificação social. Entre eles, a celeridade, satisfação, economia processual, confidencialidade, manutenção das relações, entre outros", explicou.
Os estudantes participaram de uma conversa na qual os servidores do Poder Judiciário falaram sobre a prática diária da conciliação. Em seguida, responderam a um Quiz virtual (questionário virtual) sobre o tema, em tempo real e, por fim, participaram da simulação de uma conciliação, quando tiveram a oportunidade de fazer uso do espaço onde são realizadas as audiências de conciliação no Fórum Cível Advogado Sobral Pinto.
A coordenadora do Nupemec (Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos), Ocimara Vasconcelos, destacou a importância de mais iniciativas como essa. “É importante porque divulga a conciliação. É uma forma de difundir a cultura da resolução pacífica de controvérsias, o que é um sonho para o judiciário. Eles estão no décimo semestre, logo estarão atuando na área e serão advogados”, comentou.
Sobre a simulação, a acadêmica de Direito Ester Moreira acredita na importância desse tipo de atividade. “A gente vê na prática como é realizada uma mediação ou uma conciliação. Na aula, ficamos imaginando e, às vezes, não entendemos como é de verdade. Aqui, vimos e entendemos melhor como funciona”, relatou.
Yorran Greco, também acadêmico de Direito, disse que é uma experiência boa vivenciar a prática. “Mesmo que não seja uma ação real, apenas uma demonstração, é importante entender, pois alguns almejam seguir a carreira de advogado, mediador ou conciliador. Também melhora o nosso currículo como acadêmicos”, observou.
ENSINO - Esse ano, a conciliação, a mediação e a arbitragem passaram a ser disciplinas obrigatórias em todo o país, conforme a Resolução 5/18 da (Câmara de Educação Superior). É uma resposta ao apelo do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para fomentar a prática e atuação para resolução adequada de conflitos no meio acadêmico. Com isso, as universidades devem ofertar formação técnico-jurídica e prática jurídica de resolução consensual de conflitos, com prazo de inclusão na grade curricular em dois anos.