Além das ações de sensibilização e orientação, também foram feitos vários encaminhamentos para o Centro de Atenção Psicossocial, devido ao grande número de jovens com ideação suicida
Fotos: Divulgação
Ao todo, a equipe do programa Justiça Comunitária do TJRR levou as ações de sensibilização e orientação para 10 escolas da rede pública da Capital
Durante todo o mês de setembro, o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) realizou diversas atividades relativas à campanha do Setembro Amarelo, tanto para a comunidade em geral quanto para os servidores do Poder Judiciário. As atividades voltadas para a prevenção do suicídio e para a valorização da vida fazem parte do foco de ações que o Tribunal desenvolve em parceria com outros órgãos durante o ano inteiro.
No atendimento à comunidade, o programa Justiça Comunitária, uma parceria entre o TJRR e a Secretaria Estadual de Educação e Desportos, alcançou 1.370 alunos e 35 profissionais de Educação em 10 escolas da rede pública da Capital: Senador Hélio Campos; Antônia Coelho de Lucena; Maria Nilce Brandão; Escola Caranã; Barão de Parima; Major Alcides Rodrigues dos Santos; Luiz Rittler de Lucena; Pastor Fernando Grangeiro; Crisotelma Francisca de Brito Gomes e Pedro Elias.
A mediadora e psicóloga do Programa, Marcelle Wottrich, disse que abordar a valorização da vida, autoestima, ideação suicida, violência autoinfligida e bullying foi a proposta que o programa Justiça Comunitária levou para as escolas durante a campanha Setembro Amarelo. Ela alerta para a necessidade de um trabalho constante, intermitente.
“Não só esse programa, como todos, trabalhem a valorização da vida o tempo todo, porque o índice de suicídios em Roraima é alto. A prevenção começa quando um diálogo é aberto com os jovens e a informação é compartilhada. Isso ajuda a identificar o que eles estão sentindo”, observou, destacando que neste período também foram feitos vários encaminhamentos para a rede de proteção à vida, mais precisamente para o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), devido ao grande número de jovens com ideação suicida.
ESCOLA RESTAURATIVA - Para o mês de outubro, o programa Justiça Comunitária estará com programação voltada para a capacitação de escolas com o projeto Escola Restaurativa. “Nós trabalhamos com mediação de conflitos, mas o conflito existe porque as pessoas não conseguem mais se relacionar; elas não têm tempo para olharem para elas mesmas. Isso gera o conflito. Nossa programação é entrar nas instituições de ensino e trabalhar o Escola Restaurativa. E nessa capacitação a gente fala da importância de se ter respeito, de ter uma escuta qualificada, de ter atenção com o outro”, explicou.
Servidores do judiciário também passam por ações do Setembro Amarelo
Ainda como parte da programação das atividades do Setembro Amarelo, a Subsecretaria de Saúde do TJRR também cumpriu uma agenda de atividades, oferecendo palestras sobre ansiedade e depressão, além de um cronograma de rodas de conversa para servidores do Poder Judiciário, que iniciou no dia 23 e finalizou no dia 26 de setembro.
Para a psicóloga do Setor de Apoio Psicossocial do TJRR, Perla Lima, estas atividades foram fundamentais para a discussão sobre a prevenção ao suicídio, a partir da exposição de fatores de riscos e fatores de proteção.
Segundo Perla, o objetivo principal foi expor aos participantes os sinais, sintomas, pensamentos e comportamentos que devem servir de alerta. “As rodas de conversa foram bastante produtivas, pois propiciaram um momento de escuta dos servidores. Ao final, realizou-se uma técnica de meditação, como forma de relaxamento e controle de estresse e ansiedade”, comentou.
Uma das palestras ministradas abordou o Minimalismo. O objetivo foi ajudar a organizar, promover nova visão, além de dicas e sugestões de como melhorar o modo de vida e a relação de consumo das pessoas.
Segundo a subsecretária de Saúde, Ivy Amaro, este tema do minimalismo era algo que há muito estava sendo programado para ser abordado; e agora surgiu a oportunidade. “Uma palestra que já queríamos fazer há muito tempo para alertar as pessoas no sentido de consumir menos. Somos muito estimulados ao consumo, seja de comida a materiais, produtos, serviços. O tema é importante, porque começamos a perceber o quanto a gente troca nosso tempo por dinheiro. Nós não precisamos de muita coisa para viver. É sobre mais paz e menos estresse. Um alerta para as pessoas que sofrem de ansiedade e depressão. Os participantes interagiram muito bem”, relatou.
Os interessados podem acessar a gravação das palestras nos links abaixo:
Link da palestra sobre minimalismo:
https://vc.tjrr.jus.br/per-
Link da palestra sobe ansiedade e depressão
https://vc.tjrr.jus.br/per-
Nucri - Núcleo de Comuni