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JUSTIÇA 4.0 - Soluções tecnológicas do TJRR facilitam atendimento, promovem qualidade de vida e inclusão social

 
Tecnologias já em funcionamento e novas soluções tecnológicas foram apresentadas pelo TJRR
 
Fotos: Antonio Diniz e Orib Ziedson 
 
Público no credenciamento durante o Justiça 4.0
Mais de mil pessoas conheceram as tecnologias que o TJRR vem utilizando para dar mais qualidade e celeridade aos serviços prestados aos cidadãos
 
Além de levar mais conhecimentos a respeito das inovações tecnológicas e sobre o papel do judiciário no cenário atual, o TJRR apresentou ao público participante do Justiça 4.0 as soluções tecnológicas que tem desenvolvido com o objetivo de prestar um atendimento mais célere e satisfatório para a sociedade roraimense, ao mesmo tempo em que investe na qualidade de vida de juízes e servidores.
 
Apresentados pelo primeiro robô humanoide do Brasil, Ju, que interagiu com a mestre de cerimônias, os sistemas com IA (Inteligência Artificial) e as soluções tecnológicas desenvolvidas pelas equipes do TJRR, com algumas parcerias com instituições e empresas, também estiveram em uma exposição no hall do Teatro Municipal, onde o evento foi realizado, para que o público pudesse obter mais detalhes sobre o funcionamento de cada ferramenta que a Justiça do Estado oferece. Confira mais detalhes:
 
MANDAMUS - O Mandamus representa a automação do processo de distribuição de mandados. Ele faz a gestão da Central de Mandados, auxilia na distribuição, nos processos de localização do oficial de justiça e da pessoa que vai receber o mandado. Ainda atualiza os dados referentes aos endereços das partes; faz a citação ou intimação em tempo real, diminuindo a burocratização; e pode ser usado como aplicativo no celular ou tablet do oficial de justiça, que imprime o mandado em uma impressora portátil.
 
Segundo o professor PhD em Inteligência Artificial e Direito, Fabiano Hartmann,o Mandamus é o segundo projeto de Inteligência Artificial do Brasil, desenvolvido em parceria com a UnB (Universidade de Brasília). O primeiro foi o Projeto Victor, desenvolvido para o STF (Supremo Tribunal Federal.
 
O gerente de projetos em Tecnologia da Informação do TJRR, Ville Medeiros, destacou o alcance das transformações apresentadas no evento: “Eu acredito que o Mandamus não e só um sistema. Representa o nascimento de uma cultura inovadora dentro do Tribunal, na qual não apenas se compra um software, mas nós realmente participamos do processo de idealização de uma solução que ainda não existe em lugar nenhum; ou seja, uma inovação real”.
 
Ele, que também atua no Comitê de Inteligência Artificial do TJRR, chamou atenção para o processo de amadurecimento do Tribunal de Justiça, que agora está trabalhando em parceria com instituições de pesquisa e apoiando a realização de projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).
 
Medeiros acredita que o sucesso desse sistema já aconteceu. “Nós estamos prontos para fazer uso da Inteligência Artificial, mas, principalmente, para fazer uso da pesquisa feita dentro do Tribunal, para que possamos inovar mesmo. E inovar significa economia, agilidade e segurança. E significa também dar um retorno para sociedade, impulsionando a buscar por mais inovação”, comentou.
 
 
Público em visita aos stands do Justiça 4.0
 
 SIJE - Sistema Inteligente da Justiça Especial. Qualquer cidadão poderá baixar e usar o sistema no celular quando o assunto for de competência dos Juizados Especiais. O aplicativo convida o cidadão para resolver conflitos de forma pacífica, ágil e inteligente. 
 
Com ele, o interessado poderá escrever a petição e encaminhar para o TJRR. Depois, é só acompanhar o processo pelo aplicativo. No ambiente virtual, o autor da demanda é comunicado das fases do processo e das decisões; e pode ainda participar das audiências a distância, apenas com o uso de um celular.
 
Presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, desembargador Mozarildo Cavalcanti, visitando os stands do Justiça 4.0
 
SCRIBA – O Sistema de Audiência Inteligente já está sendo usado pelo TJRR nas audiências. Ele reúne todas as informações em um só lugar, grava e transcreve vídeo e áudio, reduz o cancelamento de audiências e os custos de operação.
 
A transcrição ou degravação consiste na reprodução integral, em formato de texto, de tudo que foi falado. Essa é uma atividade comum da tramitação processual. Todos os tribunais realizam este procedimento de alguma maneira, principalmente nas audiências. No entanto, no TJRR o sistema já ocorre de maneira digital, dentro do ambiente do Projudi (Processo Judicial Eletrônico).
 
Segundo o gerente de projetos da Tecnologia da Informação, Lourilúcio Moura, a proposta do tribunal é automatizar essa atividade. “Para que os conteúdos das audiências judiciais sejam transcritos e indexados e, por meio de algoritmos de Inteligência Artificial, possibilitem agilizar a recuperação da informação, ampliando a capacidade de análise processual, permitindo que os magistrados e servidores concentrem seus esforços no que é realmente importante: oferecer um atendimento de qualidade ao cidadão que procura a Justiça”, explicou.
 
O Scriba foi desenvolvido em uma parceria do Tribunal de Justiça de Roraima com a empresa Mconf, de Manaus (AM). O diretor executivo da Mconf, Felipe Cecagno, destacou o trabalho conjunto para a criação da inovação. “A empresa contribuiu com uma série de tecnologias e insights. O Tribunal, com a vivência, identificou que o Scriba está alinhado às necessidades para condução das regras e processos judiciais”, comentou.
 
A adoção do Scriba também permite aos magistrados e servidores a realização de reuniões e atendimentos virtuais por videoconferência. Tudo isso sem a necessidade de instalar softwares, funcionando diretamente no Projudi.
 
Público nos stands do Justiça 4.0, no Teatro Municipal de Boa Vista.
 
CHATBOT - O Chatbot funciona como uma espécie de “robô assistente” que se comunica e interage com as pessoas por meio de mensagens de texto automatizadas. Como ele “aprende” a partir das diversas interações com os usuários, possibilita a automação de tarefas repetitivas e burocráticas, o que deixa os servidores do TJRR livres para resolver problemas de maior complexidade.
 
As principais vantagens que o Chatbot oferece são: disponibilidade 24 horas por dia; múltiplos canais de atendimento, ou seja, atendimentos simultâneos e sem fila de espera; reconhecimento facial; abertura de chamados; integração com o software de atendimento; e redução de custos, pois, utilizando os recursos desse mecanismo é possível atender demandas básicas a qualquer hora, sem a necessidade de acionar atendentes humanos.
O uso do aplicativo diminui o fluxo de ligações na Central de Atendimento (Service-Desk) e a necessidade de servidores online para o atendimento ao cliente. Esses fatores acabam refletindo diretamente na diminuição de custos relacionados ao atendimento e suporte de TI (Tecnologia da Informação) dentro da instituição.
 
Presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, acompanhado do engenheiro Marcel Cunha, no stand Giulia
 
GIULIA - Na busca por uma justiça efetiva e acessível a todos, destacou-se a adoção do aplicativo “Giulia – Mãos que falam”, que deverá ser adotado pelo Tribunal de Justiça de Roraima. O aplicativo Giulia foi apresentado pelo engenheiro de software e especialista em IA (Inteligência Artificial), Marcel Cunha, da empresa Map Inovation, de Manaus (AM). Segundo ele, a parceria busca colocar o Giulia para trabalhar junto com o Judiciário. E a ideia é treinar funcionários surdos para utilizar o Giulia no atendimento de ‘ouvintes’.
 
A aplicação interpreta o sinal feito pelos surdos; e também fala. Então, permite que um funcionário com problemas auditivos consiga interagir com uma pessoa ouvinte. Também existe a ideia de usar o Giulia como “totem de atendimento”; ou seja, uma unidade fixa, onde a pessoa surda consegue interagir e tem todas as informações em Libras (Língua Brasileira de Sinais)”. A aplicação tem a capacidade de traduzir voz e texto para ajudar os surdos em momentos em que ele não dispõe de um intérprete presente. A adoção desse aplicativo pelo judiciário significa um avanço no reconhecimento dos direitos da pessoa com deficiência auditiva no rol de serviços que o Estado oferece à população.
 
O aplicativo é uma criação do professor doutor José Manuel, mestre em Engenharia Elétrica e doutor em Engenharia de Produção, que conseguiu criar uma plataforma de comunicação para os surdos de modo que, tanto a pessoa com deficiência auditiva pode ver escrita no celular a fala do não-surdo, quanto a pessoa ouvinte pode ver traduzidos no celular os gestos feitos pelo deficiente auditivo em Libras (Linguagem de Sinais).
 
Público no credenciamento durante o Justiça 4.0.
 
 
 
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