Como forma de demonstrar a interação entre máquina e humano, o evento foi conduzido pelo primeiro robô humanoide do Brasil junto com a mestre de cerimônias
Fotos: Antonio Diniz e Orib Ziedson
Tecnologias já em funcionamento e outras inéditas desenvolvidas pelo TJRR foram apresentadas ao público do Justiça 4.0 na noite desta última terça-feira, dia 17
Buscando estar na vanguarda das ações voltadas para a Tecnologia e uso da Inteligência Artificial, o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) apresentou, nessa terça-feira, dia 17, um resumo das soluções tecnológicas que vem adotando, na forma de avançados softwares e investimentos em AI (Inteligência Artificial), que devem revolucionar todas as esferas da prestação jurisdicional no Estado. O evento foi realizado no Teatro Municipal de Boa Vista, com um público de 1.100 pessoas inscritas, além dos palestrantes e autoridades convidadas.
Como forma de demonstrar o funcionamento da interatividade entre máquina e humanos, o TJRR trouxe a primeira robô humanoide do Brasil, chamada de Ju, construída por meio de parceria entre empresas dos EUA (Estados Unidos da América) e Brasil. Mas o destaque da noite foi para o investimento do tribunal em pesquisas e projetos voltados para o aproveitamento da Inteligência Artificial no auxílio à prestação jurisdicional, ou seja, aos serviços que presta aos cidadãos.
Para o presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, desembargador Mozarildo Cavalcanti, a postura de adesão à modernidade, o aparato tecnológico e humano, assim como a capacidade de unir em uma rede de compartilhamento de experiências e de cooperação fizeram do TJRR uma referência em TI no Poder Judiciário.
“O Tribunal, a partir de 2007, deixou de ser uma instituição que utilizava autos de papel e passou a utilizar o processo digital. Aos poucos, começou também a desenvolver os próprios meios tecnológicos como, por exemplo, videoconferências; e adotou sistemas desenvolvidos por outros tribunais. Tudo isso está inserido dentro de uma visão de administração estratégica do poder judiciário, que leva em consideração a necessidade de produzir mais, respondendo a demandas cada vez maiores. Demandas de massa e, ao mesmo tempo, há uma diminuição no uso de recursos orçamentários, ou seja, a forma que o tribunal tem encontrado para produzir mais gastando menos”, explicou, ao reafirmar que a Inteligência Artificial é o futuro do Judiciário.
A ideia principal é de que a tecnologia deve ser direcionada para facilitar a vida das pessoas, e aproveitar todos os recursos para promover a qualidade de vida dos seres humanos. O presidente do Comitê de Inteligência Artificial do TJRR, juiz Esdras Silva Pinto, destacou que o Justiça 4.0 foi a concretização dos projetos iniciados em fevereiro desse ano pela atual gestão.
“Serviu para apresentar aos nossos servidores, aos nossos juízes e à comunidade roraimense tudo aquilo de mais moderno que o Tribunal está desenvolvendo em termos de tecnologia. Já fazemos audiências por participação remota, videoaudiências até internacionais, a exemplo das realizadas com o Japão, Portugal e Espanha. Isso faz com que menos audiências sejam perdidas e mais pessoas participem”, comentou.
O resultado almejado será sentido no aumento da velocidade dos processos internos e externos, na solução crescente de questões cotidianas e na inclusão social da pessoa com deficiência. Na visão do presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti, a tecnologia é uma poderosa aliada na busca por um judiciário eficiente e ao alcance de todos.