A parceria permitirá ao TJRR implantar em breve os primeiros sistemas de inteligência artificial
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O Termo de Cooperação Técnica foi assinado na tarde desta quinta-feira, dia 1º de agosto, em Porto Alegre (RS), onde ocorre uma reunião nacional do judiciário
“O futuro do Poder Judiciário passa pela utilização da inteligência artificial”. Com essa afirmação, o presidente do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima), desembargador Mozarildo Cavalcanti, formalizou nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, com o presidente do TJBA (Tribunal de Justiça da Bahia), desembargador Gesivaldo Nascimento Britto, um Termo de Cooperação Técnica que possibilitará a troca de experiências na área de tecnologia de informação e na utilização de inteligência artificial.
Atualmente, o TJRR está prestes a chegar à marca de 100% dos processos digitalizados; e desde o mês de março vem reforçando ações na área de tecnologia, visando atingir mais celeridade, produtividade e eficiência. Para isso, foi instituído o Comitê de Inteligência Artificial, com o objetivo de implementar uma tecnologia que tornará possível, ainda neste ano, a automatização de atividades repetitivas e de pouca complexidade, possibilitando a realocação do trabalho de juízes e servidores para atividades intelectuais mais complexas.
O desembargador Mozarildo Cavalcanti destaca que a digitalização dos processos é uma ação importante, assim como a adoção de sistemas de processamento eletrônico dos processos. Mas não se pode parar por aí. É preciso avançar.
“O exponencial crescimento das demandas de massa impõe pensar no Judiciário mais à frente, com o uso da inteligência artificial nas tarefas repetitivas e com grande volume de trabalho, permitindo que juízes e servidores possam se dedicar a atividades mais complexas. Neste contexto, a parceria entre tribunais é fundamental para a troca de experiências e para evitar problemas como o retrabalho”, observou, agradecendo o TJBA, na pessoa do presidente Gesivaldo Britto, que prontamente se dispôs a firmar uma parceria que permitirá ao TJRR implantar em breve os primeiros sistemas de inteligência artificial.
Segundo Cavalcanti, com a utilização da Inteligência Artificial no Poder Judiciário será viável, por exemplo, melhorar a efetividade da penhora eletrônica, tornar mais racional e célere o cumprimento de mandados de citação, agilizar as rotinas das execuções fiscais, verificar casos de decadência e prescrição, analisar a presença de documentos obrigatórios em petições, identificar precedentes, sugerir modelos de atos judiciais em demandas repetitivas etc.
“Tudo isso facilitará o trabalho de magistrados, advogados, promotores, defensores, procuradores, delegados e servidores; além de fornecer à população decisões judiciais mais céleres e de melhor qualidade”, destacou.