Com o uso da Inteligência Artificial será viável, por exemplo, tornar mais racional e célere o cumprimento de mandados de citação, agilizar as rotinas das execuções fiscais, entre outros
No TJRR, tecnologia própria de videoconferência possibilita a realização de audiência sem a necessidade de que as partes estejam presentes fisicamente na sala
Hoje o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) trabalha com inúmeras alternativas que permitem aos usuários do Poder Judiciário realizar todo o processo sobre a demanda que necessitam diretamente nos aparelhos celulares, computadores ou tablets.
O primeiro sistema judicial de processo eletrônico foi implantado em 2007, abandonando o processo de papel e atualmente, qualquer um, independente do local ou horário, consulta um processo ou ajuíza uma ação apenas com um computador com acesso à internet.
O Judiciário desenvolve ainda tecnologia própria de videoconferência, que possibilita a realização de audiência sem a necessidade de que as partes estejam presentes fisicamente na sala de audiência. Advogados não precisam mais ir às comarcas do interior, participando das audiências de seus escritórios ou dos fóruns da capital.
Todas as unidades prisionais possuem salas de videoconferência, aumentando a eficiência das instruções e reduzindo custos com o deslocamento. Magistrados podem praticar atos judiciais e administrativos em qualquer local e horário, até mesmo com um celular ou um tablet.
E para manter essa celeridade, produtividade e eficiência, o TJRR decidiu ir mais longe. No mês de março foi publicada a portaria instituindo o Comitê de Inteligência Artificial, com o objetivo de implementar uma tecnologia que tornará possível, ainda neste ano, a automatização de atividades repetitivas e de pouca complexidade, possibilitando a realocação do trabalho de juízes e servidores para atividades intelectuais mais complexas.
“Será viável, por exemplo, melhorar a efetividade da penhora eletrônica, tornar mais racional e célere o cumprimento de mandados de citação, agilizar as rotinas das execuções fiscais, verificar casos de decadência e prescrição, analisar a presença de documentos obrigatórios em petições, identificar precedentes, sugerir modelos de atos judiciais em demandas repetitivas”, explicou o presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti.
Hoje há 98,5 mil processos em tramitação no Poder Judiciário de Roraima. Só em 2018 foram ajuizados 61 mil novos processos. Estes números segundo a presidência, revelam um elevado índice de litigiosidade e mostram o tamanho do desafio de manter o Judiciário roraimense com elevados índices de produtividade. Para enfrentar tamanho desafio, o TJRR tem investido na conciliação, na constante capacitação de magistrados e servidores e na inovação tecnológica.
A tecnologia de Hiperconvergência deve ser concluída até o dia 14 de maio deste ano
HIPERCONVERVÊNCIA - Nessas quase três décadas de atuação, o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) vem investindo em programas e projetos que possam aprimorar a qualidade do trabalho e com isso elevar o nível de atendimento a sociedade.
Um dos exemplos mais recentes, iniciado na gestão da desembargadora Elaine Bianchi e intensificado atualmente com o presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti, é a ação de Hiperconvergência, que é capaz de atender à crescente demanda por recursos de processamento, armazenamento, comunicação, backup e replicação de dados do TJRR.
Segundo o técnico judiciário, Vinicius Souza, a nova solução tecnológica será instalada no Datacenter (central especial localizada sede administrativa do TJRR, edifício Luiz Rosalvo Indrusiak Fin, no bairro São Francisco) com energia elétrica segura, refrigeração controlada, onde são instalados os equipamentos principais que hospedam os sistemas do tribunal. Essa ação permitirá a recuperação, em até uma hora, dos sistemas e dados em caso de desastre como incêndio ou inundação no Datacenter principal.
“O trabalho, que envolveu o investimento de quase R$ 4 milhões, consiste no preparo que permitirá ao Tribunal a ampliação de novos recursos tecnológicos de apoio ao Judiciário. A previsão para o término de implantação é 14 de maio”, informou, destacando que com o reforço, será criado também um Datacenter secundário no Fórum Criminal Ministro Evandro Lins, situado no bairro Caranã.