Problemas como bullying, assédio sexual, conflito familiar, drogas, furto, e tentativa de suicídio, são alguns geradores de conflitos, que são trabalhados pelo Justiça Comunitária
Foto: Nucri
Além as ações no ambiente escolar, o programa conta com uma sala de atendimento na sede administrativa do Tribunal de Justiça
Criado para mediar e gerenciar conflitos no ambiente escolar, o programa Justiça Comunitária, fruto de uma parceria entre o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) com Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto), já está com o cronograma de atividades montado. A previsão é que as ações sejam retomadas no dia 2 de abril nas escolas estaduais Barão de Parima, Professora Maria das Dores Brasil e São Vicente de Paula, todas localizadas em Boa Vista.
O trabalho visa contribuir para a democratização do acesso à Justiça, por meios de métodos alternativos de solução de conflitos. Problemas como bullying, assédio sexual, conflito familiar, drogas furto e tentativa de suicídio, fazem parte do dia a dia de atendimento da Justiça Comunitária dentro das escolas. De 2013 até dezembro de 2018, foram realizados 484 atendimentos.
A iniciativa, criada em 2006 pelo atual presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti, apresenta resultados positivos desde quando ainda era projeto, em acordos realizados e com a média de 80% dos casos resolvidos por meio da mediação. “O que se reflete diretamente em um dos principais objetivos, que é contribuir para a pacificação social, na medida em que opera com a mediação comunitária”, afirmou o presidente do TJRR.
A coordenadora do programa, Lucilene Paula da Silva, afirma que o trabalho é todo baseado em técnicas de mediação de conflitos e na cultura do diálogo. “É oferecido ainda atendimento psicológico, assistencial e jurídico a membros da comunidade escolar, envolvidos em conflitos. Inserindo, assim, a cultura do diálogo na sociedade, evitando que um simples conflito torne-se algo maior”, esclareceu.
Só no mês de abril a previsão é que 18 escolas da rede pública estadual de ensino sejam atendidas. Além do trabalho que é executado diretamente nas escolas, o programa conta uma sala de atendimento no prédio administrativo do Tribunal de Justiça, localizado na avenida Capitão Ene Garcez, número 1.696, bairro São Francisco. A unidade fica na sala 314, no terceiro andar. Outras informações podem ser obtidas ligando para o telefone: (95) 3198-4100.