Ao todo, 16 servidores do Judiciário Estadual, que atuam nas Varas Cíveis da Capital e nas comarcas do Interior, estão sendo capacitados
Foto: Antonio Diniz
O objetivo é tornar os profissionais aptos a identificar motivações do conflito e por meio do diálogo contribuir com a obtenção de acordos, evitando assim a entrada na Justiça
Quem nunca ouviu a velha frase “Conversando a gente se entende”? É baseado nesta máxima que o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) buscou o apoio da Ejurr (Escola do Judiciário de Roraima) para preparar profissionais especializados na mediação e conciliação em casos de conflitos, que poderiam ser resolvidos antes de darem entrada na Justiça.
A servidora Fiama Marcela, que está em processo de formação, relatou que diariamente muitas pessoas buscam o Juizado Cível com diferentes questões, muitas vezes relacionadas a ressentimento, mágoas, e até relações familiares desgastadas, sendo esse preparado para algo que deverá influenciar diretamente no atendimento desse público, que poderá ter como resultados casos resolvidos de maneira bem mais rápidas e simples, que na esfera judicial.
“Trata-se de um curso bem abrangente que nos ajuda a melhor atender ao público, a desenvolver técnicas de comunicação, métodos de mediação na hora da conversa, aprender a ouvir e outros procedimentos, que ajudarão significativamente para prestar um melhor serviço e resolver os conflitos de maneira mais eficiente”, comentou.
Ao todo, 16 servidores do Judiciário Estadual, que atuam nas Varas Cíveis da Capital e nas comarcas do Interior, estão sendo capacitados. Segundo o gestor do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, Rui Lúcio, o objetivo é tornar os profissionais aptos a prestar informações às partes envolvidas, identificando as motivações do conflito, e por meio do diálogo, contribuir com a obtenção de acordos que favoreçam a todos, evitando assim, mais uma ação na Justiça.
Os mediadores em formação participam de duas etapas. A primeira parte consiste no módulo teórico, com carga horária de 40 horas. Após essa fase, serão habilitados para realizar o estágio supervisionado (módulo prático), com carga horária de 80 horas, realizando sessões nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. O estágio precisa ser concluído no prazo de até um ano, quando, então, recebem o certificado de Mediador Judicial.