A presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, desembargadora Elaine Bianchi, recebeu dos coordenadores do Programa Waimiri Atroari, um livro que retrata a história dos indígenas, escrito em língua portuguesa e em kinja-ará. A entrega ocorreu em agradecimento à operação que a Justiça Itinerante de Roraima em parceria com o TJ do Amazonas, realizou na terra indígena, onde fora registrada, praticamente, toda a população, que não tinha documentos.
O livro apresenta diversos aspectos da vida dos Kinja, autodenominação dos Waimiri Atroari, resultado de um levantamento socioambiental realizado por pesquisadores indígenas representantes de 31 aldeias existentes no período de 2013 a 2015. Os índios contam sua história, registrando a retomada de um povo que se recuperou de tanta perversidade cometida contra ele e que hoje vive bem e ao seu modo, num território conservado. Realidade que contrasta com a maioria dos povos indígenas no Brasil.
O juiz Erick Linhares, coordenador do Programa Justiça Itinerante, esteve presente na reunião e salientou que sem o apoio da presidente, a parceria com o TJ do Amazonas, não teria sido possível.
“O programa Waimiri Atroari foi criado como uma forma de indenização em virtude da construção da hidrelétrica de Balbina. Graças a esse programa a comunidade que estava reduzida a um pouco mais de 300 pessoas, conseguiu se reerguer e hoje conta com 2.028 indígenas. A entrega do livro foi um agradecimento ao empenho da desembargadora Elaine que abraçou a causa, e sem o apoio dela, esse programa não teria sido efetivado” disse.
Acordo
Em outubro de 2017 o Tribunal de Justiça de Roraima e do Amazonas, firmaram acordo de cooperação técnica que permite ações conjuntas de atendimento judicial itinerante, voltadas para as populações dos municípios limítrofes dos dois Estados da Região Norte, com ênfase nos indígenas da etnia waimiri atroari –, que habitam aquela região – e comunidades ribeirinhas.
Boa Vista, 24 de maio de 2018
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