Começa assim, com uma vontade, um desejo, uma curiosidade.
Conta pra um, pra outro, e uns escutam falar. Se identificam com o objetivo.
Uns ficam só dando ideias, outros dizendo que não vai dar certo. Há os que correm logo e contribuem. Há os que não podem, mas trazem um amigo que pode. E assim as ideias brutas, os sonhos imperfeitos, os desejos insanos, começam a virar planos. Alguém que pode ser ouvido abraça a ideia e a acalenta, cuida, gesta. E logo não demora com a ajuda de todos, inclusive dos que não acreditam, e dos que só põem pra baixo. Os planos viram projetos.
Correria de todos os lados, grupos são criados, parcerias são formadas, acordos fechados, favores cobrados, amizades são usadas, a família já está empenhada. E logo logo na data marcada tudo pronto, festa preparada.
Os últimos dias são pura agonia, cadê a carreta que viria?
O médico que atenderia?
O dentista que sorria?
Até o lanche que a fome mataria, e o banheiro que nos aliviaria. Tudo agora nos escapulia.
Corre de um lado corre do outro liga pra fulano, beltrano, sicrano. E quem resolve é aquele velho amigo que conhecemos há anos.
Ou aquele que se encanta com a ideia e com o empenho dos envolvidos e embarca nessa viagem louca.
Chega a hora. Ou melhor é chegada a hora. Alguns nem dormiram, saem de lá tarde da noite e amanhecem lá. Verificando os detalhes, cada coisinha em seu lugar e o que não tinha lugar, colocado com carinho em algum cantinho, pra nada poder faltar. Todos tiveram espaço. Produtos de beleza, médicos, bolo, sanduiche, artesanato, tinha até palhaço para a festa abrilhantar.
O povo chegou cedo, festa pronta, feita com carinho, ninguém se sentiu sozinho pois havia sempre a quem gritar....
Corre aqui...
Cadê tal coisa?
Onde fica coisa e tal?
Leva esse pessoal...
Energia não ligou chama fulano. Esse nos salvou.
Não veio o especialista? Tem outro na lista confirma que já chegou.
Acabou a ficha pro dentista? Tem o fulano livre comendo sanduiche e uma cabine de bobeira.
Atenda só cinco por gentileza que nossa amizade é firmeza.
E assim foi o dia...
Pra mim foi pura alegria.
Teve bolo, balão, amigos de montão.
Rimos um bocado, vi até um povo todo molhado, se divertindo igual no passado quando quintal não tinha cerca não. Eram todos amigos se divertindo e rindo, que nem criança. Era um festão.
Na festa haviam os que precisavam. Haviam os que ajudavam. Os que apenas olhavam. Os que riam de tudo. Os que corriam pra todos os lados.
Tinham até os que torciam pra dar tudo errado.
Esses foram pra casa decepcionados, e aposto que chateados de ver tudo certinho funcionando igual reloginho.
A festa foi boa, nos divertimos, rimos, e ajudamos a muitos que precisavam, ajudamos até quem precisava de ajuda para ajudar.
E sei que na próxima estaremos lá, todos juntos
Obrigado a todos até a próxima.
*Tana Halú
Boa Vista, 30 de outubro de 2017
Núcleo de Comunicação e Relações Institucionais