"Praticando as Diferenças" foi uma iniciativa do Tribunal de Justiça de Roraima, por meio do Núcleo de Comunicação em parceria com a Subsecretaria de Saúde, em alusão ao dia da luta da pessoa com deficiência, lembrado todo dia 21 de setembro.
Foram três dias de oficinas com os servidores do Tribunal de Justiça do prédio administrativo, Fórum Criminal e Fórum Cívil. A intenção foi sensibilizar os servidores, quanto a importância de se colocarem no lugar das pessoas com alguma deficiência que precisam ser atendidas em quaisquer locais da justiça, com respeito e empatia.
O evento foi realizado no período de 26 a 28 de setembro e as oficinas foram marcadas por dinâmicas e depoimentos de pessoas com deficiência.
“As dinâmicas foram pensadas para que os servidores pudessem sentir na prática a importância da comunicação e da acessibilidade. Fizemos atividades utilizando a língua brasileira de sinais – LIBRAS, na intenção de proporcionar uma percepção de quanto é difícil atender bem uma pessoa surda, pois mesmo que tenhamos um prédio com arquitetura acessível, não conseguiremos nos comunicar, comentou Haline Bandeira coordenadora do Núcleo de Comunicação do TJRR.
A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elaine Bianchi, participou de todas as atividades nas unidades e deu seu testemunho como mãe emocionada, afirmando que acessibilidade deveria ter como sinônimo o acolhimento.
"Eu passo por isso todos os dias, pois tenho um filho com deficiência, assim penso que as pessoas desejam e necessitam ser acolhidas, independentes de terem ou nao uma limitação" disse ao lembrar que já solicitou da Escola do Judiciário- EJUR o curso de libras aos servidores e magistrados.
"Pelo menos um servidor de cada setor deverá participar do curso, a fim de ter condições de atender um surdo que procure quaisquer um dos nossos serviços" afirmou.
A dinâmica "Guie-me se for capaz" desafiou os servidores a formarem duplas para que um deles colocasse venda nos olhos enquanto o outro, pudesse guiá-lo.
"Demonstramos na prática o quanto a pessoa cega precisa confiar em quem a conduz, percebendo o quanto é difícil encontrar os locais e desta forma sejam capazes de desenvolver maior empatia por quem não possui o sentido da visão" esclareceu a servidora Vera Sábio, deficiente visual.
O servidor Aldair Ribeiro, que possui deficiência auditiva adquirida no decorrer do tempo de serviço, faz uso de aparelho auditivo e falou o quanto devemos ser sensíveis ao atender uma pessoa surda. "É imprescindível que as pessoas falem com o surdo de frente para ele, tornando possível a leitura labial, mas existem casos de surdos que não conseguem realizar a comunicação dessa forma, sendo necessário, um intérprete em Libras" disse.
A última dinâmica foi "Dançando somos todos iguais" a qual os servidores dançaram zumba de olhos vendados, seguindo orientações dos passos da dança.
Boa Vista, 29 de setembro de 2017
Núcleo de Comunicação e Relações Institucionais
Escritório de Comunicação