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Laço Branco - Pelo fim da violência, homens se posicionam em defesa das mulheres

 
Imagem colorida ilustrativa  em formato retangular, mostra o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz, o conselheiro do CNJ Luiz Fernando Bandeira de Mello, o conselheiro Marcio Luiz Freitas, coordenador da Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin, e magistrados durante mobilização digital promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas redes sociais.
 
O envolvimento dos homens na defesa das mulheres e na busca pela igualdade de gênero é uma das ferramentas para a contenção da onda de violência contra as mulheres em todo o mundo. Para marcar essa participação, celebra-se, no dia 6 de dezembro, o Dia Nacional da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data também é registrada no calendário mundial em alusão ao movimento “Laço Branco”, que reuniu homens em prol da defesa das mulheres, no Canadá, desde 1991.
 
Inserida no contexto da campanha 21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres, a data chama a atenção para a participação masculina na defesa das mulheres. “Somos todos responsáveis pela construção de um novo tempo, no qual mulheres e homens sejam igualmente respeitados e valorizados”, destaca o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz, que participa da mobilização digital promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas redes sociais.
 
O Dia Nacional da Mobilização dos Homens foi instituído no Brasil pela Lei n. 11.489/2007, com o objetivo de sensibilizar os homens para a eliminação das diversas violências que atingem as mulheres. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicados na 3ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, mostram que uma em cada quatro mulheres brasileiras (24,4%) acima de 16 anos de idade afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão durante a pandemia de covid-19. Isso significa que cerca de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual em 2021.
 
“Não cabe aos homens somente deixar de promover a violência contra mulher, mas também precisam estar juntos com as mulheres na promoção de maior espaço feminino, de maior atenção à saúde da mulher, garantindo a ela condição de ocupar espaço na sociedade”, declara o conselheiro do CNJ Luiz Fernando Bandeira de Mello, que também participa da campanha.
 
Para o conselheiro Marcio Luiz Freitas, coordenador da Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e de Vulneráveis, a violência contra a mulher é uma das mais graves formas de violação dos direitos humanos. “Dar visibilidade a esse tema é um passo essencial para que possamos efetivamente diminuir a distância entre a igualdade de direitos prevista na Constituição e a desigualdade que existe na vida real”, ressalta em seu depoimento.
 
A mobilização do CNJ conta ainda com declarações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin, e de todos os ramos da Justiça. “A diminuição da desigualdade é uma missão importante do Poder Judiciário e algo pela qual nós temos que trabalhar diuturnamente, acolhendo mulheres e mostrando a elas formas de conseguir superar o ciclo de violência”, enfatiza Marcio Freitas.
 
Campanhas

O movimento Laço Branco, criado em 1991, reuniu um grupo de homens canadenses que repudiavam a violência contra a mulher. Além do símbolo do Laço Branco, eles também adotaram como lema jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência. A mobilização originou-se a partir do caso do “Massacre de Montreal”, ocorrido em 6 de dezembro de 1989, quando um homem entrou armado em uma escola, matando 14 mulheres e ferindo outras dez. Antes de se suicidar, o atirador fez disparos pelos corredores, gritando “Eu odeio as feministas”. Para que a morte das mulheres – e sua motivação – não fosse esquecida, a data foi transformada em marco ao combate à violência contra as mulheres. No Canadá, celebra-se o Dia Nacional de Memória e Ação contra a Violência contra a Mulher, que se mistura às ações promovidas pela ONU a partir do dia 25 de novembro, data que marca o Dia Internacional para a Erradicação da Violência contra as Mulheres.
 
De acordo com o governo canadense, homens e meninos têm papel fundamental como aliados na prevenção da violência de gênero e na busca pela questão igualitária entre homens e mulheres. “Pesquisas mostram que o envolvimento de homens e meninos em estratégias para prevenir e enfrentar a violência pode fazer uma diferença real e reduzir a violência de gênero”, informa.
 
Mais recentemente, em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a iniciativa #ElesPorElas (#HeforShe), que já reúne mais de dois milhões de ativistas de todos os gêneros para se manifestarem em solidariedade às mulheres. O objetivo é criar uma “força visível, destemida e unida pela igualdade de gênero”. De acordo com a ONU, os homens que participam da iniciativa estão trabalhando com as mulheres e entre si para construir negócios, criar famílias e oferecer suporte às suas comunidades.
 
Fonte: CNJ 
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