Fotos: Nucri/TJRR
Dia 28 de Outubro é comemorado o dia do servidor público, e durante a Semana do Servidor, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) traz uma série de entrevistas com servidores da instituição, pessoas que unem forças com o Poder Judiciário para a prestação de serviços de qualidade à sociedade.
Na entrevista desta segunda-feira (24), você confere o bate-papo com Dante Bianeck. Servidor do TJRR há 25 anos, o oficial de justiça atualmente trabalha na Comarca de Bonfim, e presenciou a transformação tecnológica que mudou a rotina de toda a sociedade, e afetou positivamente os serviços judiciários.
No dia a dia, ele atua em atividades operacionais e em campo, como cumprir ordens do juiz e executar prisões, citações, apreensão judicial de bens e entrega de mandados. Para ele, o principal privilégio de sua atividade é poder estar perto e estabelecer um vínculo direto com a população.
Confira a entrevista:
Você poderia se apresentar e falar um pouco sobre o trabalho que você executa no TJRR?
Eu sou Dante Roque Martins Bianeck, eu estou no tribunal há 25 anos. Eu entrei no dia 16 de dezembro de 1997, sou oficial de justiça e atualmente estou trabalhando na comarca de Bonfim. O serviço, a essência do oficial de justiça, é executar mandado oficial, é cumprir a ordem do juiz. O oficial de justiça essencialmente é aquele elo entre o juiz e a parte interessada. Como se diz, o oficial seria a mão externa da Justiça que vai executar a decisão.
Ser oficial de justiça nem sempre significa ser portador de notícias ruins, não é mesmo?
Sim. Poucas pessoas gostam de receber na porta um oficial de justiça, mas ele nem sempre está ali para levar notícias de ruins. Ele pode levar uma notícia boa, uma notícia que interessa a parte, uma causa que ele ganhou. Então nem sempre um oficial de justiça leva informações desagradáveis, ele também leva notícias boas.
O senhor presenciou uma mudança tecnológica importante desde que iniciou no tribunal. Como isso impactou na sua atividade?
Desde que eu entrei no tribunal, eu tive a oportunidade de acompanhar o avanço tecnológico que teve a justiça. Quando nós entramos, eu cheguei ao ponto de não devolver um mandado porque não pude datilografar por não ter fita na máquina. Aí com o tempo começaram a aparecer os computadores, e a gente foi aprendendo, foi acompanhando, e depois surgiu o Projudi [Processo Judicial Digital]. A gente foi evoluindo dentro do sistema e hoje já tá chegando até o Mandamus, que é uma evolução bem mais adiantada. Eu tive a oportunidade de acompanhar essa evolução da máquina de escrever ao Mandamos.
Na sua avaliação, o que torna mais satisfatório trabalhar no TJRR?
Trabalho em uma comarca do interior, uma coisa importante pra mim é que ali eu tenho liberdade. A parte principal de tudo isso é ter aquele contato direto com a sociedade, com as comunidades indígenas. Isso é importante pra mim. É como diz aquele ditado oriental “quando se faz aquilo que você gosta, você não vai mais precisar trabalhar”.