A Escola do Poder Judiciário de Roraima (Ejurr) realizou na tarde dessa segunda-feira, 1 de agosto, a roda de conversa “Assédio Moral, Assédio Sexual e Discriminação”. O evento teve como público-alvo magistrados, magistradas, servidores e servidoras do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR) e ocorreu de forma síncrona, pela plataforma digital do Google Meet.
A roda de conversa contou com as palestrantes: juíza Graciete Sotto Mayor, titular da Vara de Crimes contra Vulneráveis do TJRR; Aurilene Moura Mesquita, chefe do Setor de Enfrentamento à Violência Doméstica e Perla Alves Martins Lima, psicóloga - analista judiciária, especialista em saúde do trabalhador.O objetivo da ação foi refletir e debater acerca do combate ao assédio moral e sexual, e à discriminação no ambiente de trabalho.
Durante o evento a juíza Graciete Sotto, mostrou a Cartilha do CNJ sobre a temática e explicou sobre os objetivos da Resolução 351/2020, que não tem caráter exclusivamente repressivo e punitivo, mas sobretudo de prevenção às práticas de assédio e discriminação, além de formar um núcleo de acolhimento que possibilite esse diálogo e prevenção.
Além disso, as palestrantes explicaram as condutas adotadas nos casos de denúncias de assédio moral, sexual e discriminação.
“Serão realizadas novas capacitações com a finalidade de levar conhecimento sobre o assunto e evitar esse tipo de situação, além de promover a divulgação nos prédios do Poder Judiciário, estimulando as pessoas a denunciarem os casos. Todos devem ter conhecimento de que existem canais para denúncias, como por exemplo a Ouvidoria”, afirmou a juíza.
Conforme Aurilene Mesquita, esse momento de conversa foi uma oportunidade para que os chefes de setores, diretores de Secretaria, magistrados tomem conhecimento sobre o que fazer em casos de denúncias, além de conscientizar a todos sobre as formas de prevenção.
“Nós temos uma política de prevenção, um fluxo e pessoas engajadas para diminuir esse problema e prepará-los para lidar com isso”, destacou.
A psicóloga Perla Martins explicou que a vítima geralmente é uma pessoa fragilizada, com senso de responsabilidade quase patológica por conta da pressão que ela sofre. “Muitas vezes é ingênua ao ponto de acreditar naquilo que os outros falam e acaba achando que ela é que é o problema, e que não faz as coisas direito. Acaba internalizando isso e levando para sua vida pessoal. O assédio tem o papel de contribuir ou causar muitas desordens psicopatológicas, psicossomáticas e comportamentais”, salientou.