A ação foi realizada na Região Tabaio, no município de Alto Alegre
Foto: Nucri
![Imagem colorida contém a juíza titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) palestrando para comunidade indígena na Região Tabaio, localizada no município de Alto Alegre.](/images/Ascom2022/07-julho/Nova.jpeg)
A juíza titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), Suelen Alves e o juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Dias Veras, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), participaram, nessa terça-feira (26), da roda de conversa: “A violência no contexto geral no dia a dia das mulheres, crianças e adolescentes indígenas em suas comunidades”.
O encontro foi promovido pela União de Mulheres Indígena da Amazônia Brasileira (Umiab), na comunidade indígena da Barata, região Tabaio, no município de Alto Alegre. Durante a palestra, a juíza explicou para os participantes os detalhes sobre a campanha Sinal
Vermelho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Foi criada uma lei no ano passado que instituiu a campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. Essa campanha incentiva mulheres vítimas de abusos, ameaças e agressões a pedir ajuda por meio de um X vermelho na palma da mão. Após ser identificado este pedido de ajuda, a mulher poderá ser encaminhada para os serviços de auxílio à vítima para apoio e providências necessárias, inclusive pedido de medida protetiva”.
A juíza apresentou ainda para a comunidade o ‘Violentômetro’, instrumento criado para medir os níveis dos comportamentos violentos e abusivos dos parceiros, maridos, namorados e filhos. “Se nós identificamos a violência quando ela ainda é mínima, quando ela ainda é fumaça e não fogo, nós podemos falar em acabar com a violência contra a mulher”.
![foto colorida mostra cerca de 20 mulheres indígenas da comunidade da Barata assistindo palestra ministrada pelo juiz Parima Dias Veras, que discursa em pé com um microfone na mão esquerda. Ambas estão embaixo de um malocão.Todos estão debaixo de um malocão.](/images/Ascom2022/07-julho/27.07.2022---Palestra.jpeg)
O juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Dias, explicou durante a roda de conversa, o que é violência doméstica, quais os tipos de violência e as principais leis de proteção às mulheres e crianças.
Ele pontuou ainda que durante as discussões também foram abordados temas que podem desencadear os problemas familiares.
“Foi acentuado na minha fala e nas participações espontâneas dos participantes, a problemática da gravidez na adolescência, e o alcoolismo com fato gerador de violência doméstica. Fizemos parceria para capacitar lideranças com a proposta de combater e prevenir violência doméstica contra crianças e adolescentes”, reforçou o magistrado.
Durante o evento, foi entregue a cartilha “Em briga de marido e mulher nós metemos a colher”, além de um material que explica o que fazer em casos de violência doméstica onde as mulheres tiverem um bem/objeto danificado e quiserem ser ressarcidas.