Fotos: Nucri/TJRR
O Dia 8 de março representa um marco para a reflexão e sensibilização sobre lutas e conquistas das mulheres em todo mundo, reafirmando o enfrentamento ao preconceito e à desigualdade de gênero.
No Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), segundo dados do quantitativo geral, as mulheres ocupam 49,37% dos cargos, mostrando uma igualdade em relação aos servidores do sexo masculino.
Aurilene Mesquita é psicopedagoga e uma dessas mulheres que trabalha ativamente na busca e manutenção dos direitos das mulheres dentro da sociedade. A psicopedagoga da Coordenadoria de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima atua na promoção de ações que garantam não só a igualdade de gênero, mas também a segurança das mulheres.
A psicopedagoga Aurilene Mesquita, ingressou no Poder Judiciário em 2012, lotada no setor multiprofissional de combate a violência doméstica. Hoje, ela compõe a equipe da Coordenadoria de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário, e desde 2014 está à frente do setor de enfrentamento.
"Já vivenciei momentos interessantes ao levar os serviços do Poder Judiciário à mulheres que estão em uma situação de extrema vulnerabilidade social e emocional. Então, o que me marcou nesses últimos anos foi poder fazer com que a justiça chegue a quem mais precisa".
Lorrane Costa é outro exemplo de mulher forte que atua no judiciário roraimense. Agora, chefe de setor da Escola do Poder Judiciário (Ejurr), a servidora ingressou no Tribunal de Justiça em 2010. Em 2016 se tornou chefe da Divisão de Proteção da Vara da Infância e Juventude do TJRR, e afirma que esse foi um momento marcante na vida.
“Nesses mais de 11 anos dentro do Tribunal, já tive muitos momentos memoráveis, principalmente nas atividades de execução de operações da [Divisão de Proteção]. Um deles foi muito impactante, quando 'estouramos' um cativeiro de mulheres no bairro Caimbé. Estar no meio disso foi uma experiência incrível”.
Além disso, a servidora é entrevistadora forense, sendo responsável por aplicar o Curso de Formação de Entrevistadores Forenses em Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência no Estado, capacitando servidores do Poder Judiciário para atuarem em julgamentos especiais envolvendo crianças e adolescentes.
“Ser entrevistadora forense é complexo e apaixonante. Exige o domínio da técnica e ao mesmo tempo parece exigir um certo dom para desenvolver a habilidade da conquista da confiança e oferecer acolhimento e proteção a uma criança que está sob pressão, medo e vergonha”.
Desde 2003 no Tribunal de Justiça de Roraima Sandra Maria Conceição já trabalhou em diversas áreas do Poder Judiciário. Já foi técnica judiciária da Vara Cível da Comarca de Rorainópolis, foi servidora de cartório, oficial de gabinete e desde 2018, é diretora de Secretaria na Comarca de Mucajaí.
Em todos esses anos de judiciário, uma das histórias marcantes na vida profissional de Sandra, está relacionada a um caso familiar. Ela explicou que em uma das audiências em que estava auxiliando o magistrado na semana da conciliação, uma senhora chegou querendo informações sobre divórcio.
"Ela tinha mais ou menos de 67 anos e o marido 72, queriam saber do processo de divórcio, achei estranho e até fiquei triste, afinal já tinham mais de quase 50 anos de casados. Eu perguntei: porque divorciar agora? Ela me explicou e ali fiquei em uma conversa por uns 20 minutos, afinal eram motivos tão pequenos para acabar em divórcio. Resumindo, no dia da audiência, chegaram os dois, o marido com um bolo para agradecer a conversa que tive com a esposa. Enfim, continuam casados até hoje”, contou.