Fotos: Nucri TJRR
Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado em 21 de setembro, reforça a importância do desenvolvimento de políticas públicas voltadas à integração das pessoas com deficiência na sociedade.
Os direitos das pessoas com deficiência evoluíram ao longo dos anos, por isso, a necessidade de os órgãos públicos estarem atentos a estas mudanças. No Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (Cpai) é responsável pelos projetos de acessibilidade, que têm feito a diferença para garantir uma justiça para todos e todas, sejam servidores ou população em geral.
Alinhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existe no Poder Judiciário de Roraima a Resolução 08/2021, que busca a inserção de tecnologia assistiva e ajuda técnica, com foco na autonomia profissional da pessoa com deficiência.
O técnico judiciário Hamilton Silva tem deficiência física, mas isso não o impede de ir ao trabalho, todos os dias, no Grupo de Monitoramento e Fiscalização do TJRR no próprio carro. Ele conta como pequenos detalhes fazem a diferença na hora de executar as tarefas do dia a dia.
"Quando eu trabalhava no Juizado Especial, as nossas cadeiras não eram muito confortáveis. Eu liguei para o administrativo e de imediato mandaram uma cadeira melhor e um apoio de pé. As dificuldades são grandes, as metas a serem vencidas são grandes, mas aos pouquinhos a gente vai vencendo. O Tribunal tem tido essa sensibilidade e eu fico feliz por fazer parte desse órgão", destacou o servidor.
Vera Sábio tem deficiência visual e é servidora do Tribunal de Justiça de Roraima desde 1996. Ela conta que, no início, se sentia pouco útil para a instituição, mas graças à evolução das ferramentas tecnológicas, hoje ela executa normalmente suas atividades na Subsecretaria de Infraestrutura do TJRR.
"Eu sou a servidora concursada, com deficiência, mais antiga do Estado. E eu consegui abrir essa porta, consegui ultrapassar essa barreira, então eu tenho dentro de mim um objetivo muito grande de proporcionar, de ajudar com que pessoas com deficiência consigam o espaço que eu já conquistei", destacou.
Comissão
Para a presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, desembargadora Tânia Vasconcelos, o trabalho deste grupo vai muito além de seguir determinações legais.
"A gente precisa implantar políticas de sensibilização, plantar em alguém amor por alguma coisa. Então, a partir do momento que você toma essa consciência, e o CNJ tomou e vem trazendo para nós essas políticas de compromisso com o outro, a gente começa a enxergar realmente as pessoas como elas realmente são", destacou.
Desembargadora Tânia Vasconcelos é a presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão
A coordenadora da Cpai (Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão), Claudete Silva, destacou que as medidas adotadas no TJRR seguem a Resolução 401/2021, do CNJ. Para isso, a comissão conta com o apoio de pessoas que têm essa vivência.
"Até então, eu não tinha noção de como era lidar com uma pessoa cega. Então a gente teve essa aproximação. A Vera Sábio foi trabalhar comigo, então eu pude vivenciar o universo, as dificuldades, mas, de certa maneira, todas as superações, que eu acho que é o mais bonito", destacou.
Servidora Claudete Silva coordena as ações da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão