O evento foi realizado na manhã desta quarta-feira, dia 18 por meio da Coordenadoria de Violência Doméstica do TJRR
Fotos: Nuci/TJRR
O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) promoveu na manhã dessa quarta feira 18, por meio da Coordenadoria de Violência Doméstica, o I Encontro dos Projetos de Prevenção e Proteção a Violência Doméstica do Município de Boa Vista, com os programas do Poder Judiciário, Patrulha Maria da Penha e Maria Vai à Escola.
A ação reuniu os dois programas para realizar uma troca de experiências e orientar sobre a importância da Comunicação Não Violenta (CNV), como destaca a juíza titular do 1º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Poder Judiciário, Suelen Márcia Alves.
“Debater a CNV é muito importante nessa área da violência doméstica, por que em virtude das complexidades que envolve a vítima, às vezes ela está em um ciclo de violência e não consegue se comunicar de outra maneira senão de uma forma mais agressiva, e precisamos ter a consciência de que não é uma coisa pessoal e nem contra o trabalho desenvolvido, mas que sim uma experiência de vida que é transmitida dessa forma”, disse.
A psicopedagoga da Coordenadoria de Violência Doméstica do TJRR, Aurilene Mesquita, explica que durante o evento, foi realizada uma dinâmica com o objetivo de integrar os participantes dos dois projetos a se conhecerem melhor e entenderem as características de cada um dos programas.
“Nós estamos em uma proposta de integrar os dois projetos do Poder Judiciário com a parceria com a prefeitura de Boa Vista, o Maria Vai à Escola e o Patrulha Maria da Penha, e a dinâmica dos círculos de autoconhecimento teve a intenção de fazer com que cada integrante das equipes apresentasse ali dentro do círculo, momentos importantes e significativos nesse tempo que estão desenvolvendo esse trabalho”, afirmou.
A guarda civil municipal Gizele França faz parte do programa Patrulha Maria da Penha há 5 anos, e afirma que durante o encontro percebeu que cada um dos projetos tem o mesmo objetivo, de prevenção e proteção às mulheres que são vítimas de violência.
“É muito importante que um projeto fique sabendo exatamente o que acontece no outro e a gente percebe que todos têm o mesmo objetivo. A Maria Vai à Escola trabalha com a prevenção, diretamente com as crianças e a Patrulha Maria da Penha com a proteção, das mulheres que já passaram por esse ciclo e essa integração e a dinâmica foi muito importante para a gente poder entender a dificuldade que cada um tem”, explicou.
Damires Melo, é pedagoga do programa Maria Vai À Escola, e avalia que a troca de experiências e a palestra sobre Comunicação Não Violenta irá agregar aos guardas municipais do programa Patrulha Maria da Penha conhecimentos que eles irão utilizar tanto na vida profissional quanto pessoal.
“Cada um de nós dentro é mãe ou é pai e já passou por momentos que impactam nossas vidas. Acredito que a experiência desses acontecimentos somados com o que foi realizado aqui agregam na prestação diária do que fazemos em nossos trabalhos”, finalizou.
Maria Vai à Escola - O Maria Vai à Escola, é fruto da parceria entre o TJRR por intermédio da Coordenadoria Estadual de Violência Doméstica e Familiar e a SMEC (Secretaria Municipal de Educação), iniciado em 2015. Durante o ensino remoto, o programa atendeu as demandas das escolas da capital e do interior por meio de aulas online com pais, alunos e professores das instituições de ensino.
Patrulha Maria da Penha - O Projeto, fruto da parceria entre a Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário e a Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito, teve início em setembro de 2015. Por meio de Termo de Cooperação as duas instituições acordaram em preencher a lacuna que existia entre a expedição das medidas protetivas de urgência em favor da mulher e seu real cumprimento por parte do ofensor, por meio de uma guarnição especializada de Guardas Municipais que faz visitas rotineiras à casa das mulheres.