Inauguração foi marcada por uma audiência pública, que abordou o quanto as memórias do Poder Judiciário ajudam a construir a identidade de Roraima.
Fotos: Nucri TJRR
Conhecer o passado é fundamental para a construção do futuro. Com essa premissa, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou, nesta quarta-feira 4, a audiência pública “Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário do Estado de Roraima”, que reuniu história, cultura e memória de Roraima, a partir da perspectiva do judiciário.
O evento marcou a inauguração do Espaço da Memória no Fórum Advogado Sobral Pinto. O espaço reúne documentos antigos, móveis, uma espécie de museu da história do Tribunal. Os planos da instituição são ampliar ainda mais este acervo. O espaço tem a sua versão virtual no Portal de Memória Virtual do Judiciário Roraimense (https://memoria.tjrr.jus.br), também lançado durante a cerimônia.
A audiência teve mais de 100 inscritos, a maioria deles pela internet, não somente de Roraima, mas de outros estados. Ao longo do encontro, os participantes deram sugestões para aperfeiçoar a gestão da memória no Tribunal de Justiça de Roraima, e todos eles serão avaliados pela instituição.
O secretário geral do TJRR, Felipe Queiroz, destacou que a iniciativa faz parte de um projeto nacional, alinhada com uma estratégia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que por meio da Resolução 324/2020, instituiu o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário, fomentando iniciativas em todo o país.
"Isso tem um papel fundamental e relevante na cooperação de todos os entes, estabelecendo um ambiente de construção coletiva da nossa narrativa histórica. É uma oportunidade fundamental para a construção da identidade do Poder Judiciário como pacificador social, preservador direitos sociais e guardião da cidadania", destacou.
Queiroz destacou que o TJ está em processo de organização e catalogação do acervo, para disponibilizar o conteúdo histórico para a sociedade. "Nós temos essa semana a deliberação a respeito da nossa Política de Gestão da Memória e Gestão Documental. Nossa expectativa é que na próxima semana, nós já possamos dizer o que o Tribunal de Justiça de Roraima tem uma política de gestão da memória aprovada", adiantou.
Com a aprovação do plano, o próximo passo é a formação de uma comissão específica e um trabalho colaborativo com pesquisadores e com a sociedade, para que esse espaço da memória seja consolidado. Ainda durante o evento, foi dada a largada também para a construção do “Portal de Memória Virtual do Judiciário Roraimense”. Ele abrigará todo o acervo de forma digital e disponível para consultas gerais.
Exposições
A audiência contou com representantes de instituições como o Tribunal de Justiça de Santa Catarina e Alagoas, Universidade Estadual de Roraima (Uerr) e Federal de Alagoas (Ufal) e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O historiador Adelson André Brüggemann, do TJ-SC, falou sobre a documentação e Memória do Judiciário; o professor André Augusto Fonseca abordou a memória como parte do Patrimônio Cultural Brasileiro; Larissa Maria de Almeida Guimarães e Norami Rotava Faitão, do Iphan, falaram sobre a caracterização e preservação de acervos; a pesquisadora Cecy Brasil falou sobre o Patrimônio Histórico Arquitetônico de Roraima; e Irina Costa, do TJ/AL e Adriana Guimarães Duarte, da Ufal, falaram sobre o valor histórico e cultural dos Centros de Memória do poder judiciário brasileiro.