Fotos: Nucri /TJRR
Na manhã desta quarta-feira, dia 29 de maio, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), recebeu 25 indígenas integrantes do programa Operadores e Operadoras de Direito Indígena, do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Eles conheceram os espaços do Palácio da Justiça e do Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário de Roraima (CMC/TJRR).
Durante a visita guiada, os visitantes receberam informações sobre o funcionamento do Tribunal Pleno, puderam conhecer a galeria de ex-presidentes e ex-corregedores, e a história do judiciário roraimense por meio da linha do tempo, exposta no Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário.
Segundo o coordenador do CMC/TJRR, desembargador Cristóvão Suter, a visita guiada ao Centro de Memória destaca principalmente a importância dos povos tradicionais na história do estado.
“É fundamental que o Centro de Memória receba representantes das populações indígenas, posto que ajudaram a construir a nossa história. Ainda mais relevante é que se reconheçam nas nossas salas de exposição”, destacou o coordenador.
Para o tuxaua-geral do Conselho Indígena de Roraima, Edinho Batista de Souza, a visita vai agregar no processo de formação estudantes.
"Fazer essas visitas aproxima as comunidades indígenas do Poder Público, instruindo o ato de praticar justiça. É preciso fortalecer a justiça para que seja aplicada. Por isso essa visita é enriquecedora para que os próprios líderes que estão hoje presentes tenham contato com as pessoas que atuam nesses espaços e saibam de fato onde recorrer.", disse o tuxaua.
O advogado do CIR, Ivo Macuxi, é de suma importância apresentar aos jovens indígenas o funcionamento do Poder Judiciário de Roraima.
"Os jovens do programa de Operadores Indígenas de Direito são lideranças indígenas que se entendem como importantes e formadoras de novas lideranças. E é importante que conheçam o Poder Judiciário do Estado para que possam, de fato, ter um diálogo e conscientização para aprender a forma com que os problemas são resolvidos, contribuindo para a cidadania." relatou o advogado.
Além disso, foi feita também uma visita ao Núcleo de Comunicação e Relações Institucionais (NUCRI/TJRR), para descobrirem como são feitas as notícias e como são desenvolvidas as atividades comunicativas no setor.
Na visita ao CMC, onde, por meio de um passeio guiado, aprenderam sobre a história do judiciário roraimense e sobre os antigos indígenas habitantes do estado.
A operadora de direitos indígenas, Carla Jarraira, do povo Macuxi, trouxe a importância desta visita para os colegas.
"Sendo acadêmica em Direito pela Universidade Federal de Roraima é importante que nós, operadores indígenas em Direito, que trabalhamos na nossa comunidade, tenhamos esse conhecimento, essas informações, porque assim podemos também repassar para as comunidades como é que funcionam os órgãos estatais e possibilitar o correto exercício da cidadania!", finalizou a aluna.
A visita guiada faz parte do Programa Operadores e Operadoras de Direito Indígena, que tem como objetivo capacitar lideranças indígenas para atuarem como mediadores de conflitos e conciliadores, além de levar informações sobre a legislação brasileira, especialmente sobre os direitos indígenas.