Nos primeiros três meses de 2024, seis municípios de Roraima já foram atendidos
Foto: Ejurr
A primeira etapa do Projeto “A Escola vai à escola - educando para a cidadania” finalizou com números expressivos. Mais de 1700 atendimentos foram realizados em seis municípios de Roraima entre os dias 7 e 15 de março com palestras e workshops para estudantes e professores. A iniciativa pioneira na esfera do Poder Judiciário é promovida pela Escola Judicial de Roraima (Ejurr).
O pedagogo Fernando Alves, da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados (Enfam) promoveu palestras para estudantes com os temas prevenção à violência e projeto de vida. Para os professores, a temática abordada foi metodologias ativas e escuta ativa e comunicação não-violenta.
“São micro realidades dentro do próprio Estado, isso acaba enriquecendo o trabalho, desafiando sempre no sentido do aperfeiçoamento, e levando cada vez mais o Tribunal para junto da comunidade”, pontuou o pedagogo
O trabalho foi iniciado pelo município de Iracema, seguido de Caracaraí, Uiramutã, Cantá, Mucajaí, sendo finalizado em Boa Vista. Em cada unidade de ensino, as atividades com os estudantes duraram cerca de 1h30. No horário oposto, os educadores participaram de workshops para reflexão sobre a prática docente com carga horária de 2h.
A professora Luciana Lima participou do workshop sobre metodologias ativas. Ela atua na Escola Estadual Joaquim Nabuco, no município de Uiramutã, distante 315 quilômetros da capital.
“Foi uma experiência muito boa, gostei bastante e espero que venha mais vezes para nosso município. Que cada vez mais possamos adquirir mais conhecimentos e possamos ter novas metodologias para trabalhar em sala de aula”.
A estudante Emily Almeida, da Escola Estadual Padre José Monticone, no município de Mucajaí, sonha em ser escritora. Ela destacou que a palestra foi a oportunidade de opinar sobre o futuro e se sentir ouvida.
“Eu gostei muito, escutaram a gente: nossos maiores sonhos, nossos receios e as dificuldades que a gente acha que vai encontrar no caminho. Nos deram conselhos e isso é muito importante hoje em dia. Que nos escutem e nos deem conselhos, por mais que às vezes a gente não escute muito bem, queremos conselhos, ser acolhidos pelo governo e ter oportunidades”.
Na Escola Estadual Presidente Castelo Branco, em Caracaraí, a coordenadora pedagógica, Eliene Frota, avaliou o projeto como inovador.
“Foi extremamente importante, esclarecedor, uma fala suave que traz uma proposta, de ter uma nova visão e uma nova forma de trabalhar. Para nossos professores é muito bom, pois nunca tivemos um momento como esse tão esclarecedor”, ressaltou.
Escolas atendidas
Participaram das ações as seguintes unidades de ensino: Colégio Estadual Militarizado Dom Pedro (Iracema), Escola Estadual Presidente Castelo Branco (Caracaraí), Escola Estadual Joaquim Nabuco (Uiramutã), Escola Estadual Indígena Júlio Pereira (Comunidade Uiramutã), Colégio MIlitarizado José Aureliano da Costa (Cantá), Escola Estadual Padre José Monticone (Mucajaí) e Escola Estadual Monteiro Lobato (Boa Vista).
Sobre o projeto
O projeto “A Escola vai a Escola” visa aproximar e integrar a justiça a sociedade por meio de ações educacionais nas escolas públicas com temas de relevância social, como projeto de vida, gestão da emoção, empreendedorismo, entre outros assuntos.
Fonte Ejurr